sábado, 17 de dezembro de 2016

VIII - Poesia

Sonhe - Clarice Lispector 


Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas.

Acredito que esse poema possa servir para muitas reflexões neste início de ano (ainda estamos no início do ano, correto?)... Seja um sonhador e trabalhe o máximo para realiza-los em 2017! 


sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

A hora da estrela


     Autora: Clarice Lispector

     Editora: Rocco 

     Sinopse: "Entre a realidade e o delírio, buscando o social enquanto sua alma a engolfava, Clarice escreveu um livro singular. 'A Hora da Estrela' é um romance sobre o desamparo a que, apesar da linguagem, todos estamos entregues."

     Muitos utilizam as palavras dessa escritora/autora/poeta/mulher para tentar explicar seus sentimentos internos e confusões. Sua obra, toda trabalhada nessa confusão e desespero de tentar compreender o outro, acaba nos levando a pensar juntamente com o seu narrador em como podemos compreender o outro quando mal conseguimos entender nós mesmos.

     Os livros da Clarice vão permear pelas análises da psicologia, da psicanálise, da filosofia e da própria literatura. São muitos os que tentam decifrar os enigmas que ela escreve e são poucos os que conseguem admitir que se identificam com a “loucura” que tanto julgam nos livros dela. Talvez esse seja o problema de muitos não conseguirem embarcar nas palavras dessa escritora incrível, dificilmente as pessoas irão admitir que a loucura e a lucidez dividem um espaço muito pequeno e podem se confundir às vezes, no final das contas todos querem parecer sãos e acabam não se entregando as suas próprias profundezas ou deixam de lado aqueles planos mirabolantes por medo de assumirem esse lado um pouco mais insano.

     Em “A hora da estrela” vamos ter um narrador (Rodrigo S.M) extremamente instável, sem o poder da verdade absoluta e completamente embebedado pela personagem. Mas a história não é do narrador, apesar dele ter um papel fundamental dentro do livro e questionamentos existencialistas importantes, a história que ele conta com medo de contar é sobre Macabéa, uma mulher e nada mais. Ele a descreve como um nada, mas, a meu ver, no final ela se torna o tudo. Ela é o vazio no meio do cheio, ela é inúmeras coisas em uma lista sem coisa alguma.

     Macabéa é uma jovem nordestina, ingênua e alienada que perdeu os pais muito criança e foi criada por uma tia cheia de tabus e acabou herdando isso. Vive uma vida miserável no Rio de Janeiro, dividindo um quarto com mais quatro mulheres. É datilógrafa, sem sonhos, anseios e desejos, sem saber quem ela mesma é. O livro cria uma crise existencial do narrador ao contar a história de uma mulher tão sem nada, mas um nada tão fascinante, que ele, talvez, seja o único que realmente tenha se encantado pela personagem. Não há nada que possa ser contado sobre ela, a vida dela não tem nenhum acontecimento e isso o próprio narrador faz questão de deixar muito claro o tempo inteiro. A personagem é o exemplo vivo das pessoas que não vivem, apenas existem. Ela é apenas uma existência. Ele a compara a um café frio, ruim e sem graça. Talvez o grande acontecimento de sua vida tenha sido um namorado, que sinceramente se fosse para ter algo com ele era melhor ter ficado sozinha. No trecho que eles se encontram pela primeira vez o narrador descreve essa paixão da seguinte forma: “E a moça, bastou-lhe vê-lo para torná-lo imediatamente sua goiabada com queijo.” NÃO MACABÉA, ESSA COMBINAÇÃO É BOA D+ PARA VOCÊ TORNÁ-LO ISSO. É DAR IMPORTÂNCIA DEMAIS A QUEM NÃO MERECE, MAS TUDO BEM!

Imagem retirada da internet - Macabéa adorava ouvir rádio relógio 

     O relacionamento dura um tempo, contudo não existe nenhuma emoção, é um relacionamento mais vazio que qualquer outra coisa. Lógico que durante esse tempo ela sente uns desejos que ela não sabe que sente e com certeza não saberia descrever, mas para os leitores fica muito claro o que, de fato, ela está sentindo. O tempo passa e esse namorado a troca por uma de suas colegas de quarto e mais uma vez, ela não consegui dialogar com as suas emoções, se é que ela possui alguma.

     Talvez essa seja a personagem mais carente de afeto que eu já tenha visto. Fiquei com uma vontade imensa de encontra-la e dizer o quanto ela poderia ser maravilhosa. O quanto ela poderia se descobrir e dizer que a vida é muito mais do que existir mecanicamente.

     Não vou dar muitos detalhes do final do livro, mas confesso que fiquei extremamente surpresa, triste e feliz ao mesmo tempo. Cheguei a muitas conclusões, me emocionei ao entender que mesmo com um final trágico, ela conseguiu que sua estrela brilhasse de certa forma.

     Podemos fazer muitas análises a partir deste livro. Podemos observar a instabilidade do narrador e comparar com os narradores anteriores que sempre tiveram total poder sobre suas histórias (para entender esta análise é preciso um pouco mais de aprofundamento na literatura brasileira), podemos compreender também a posição de invisibilidade do nordestino no Brasil da época e na atualidade e é claro, a grande crise existencial que passamos ao longo da vida. 




A hora da estrela foi adaptado para os cinemas em 1985 e em 2015 entrou para a lista dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos









“Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam.” (p. 40)


sábado, 15 de outubro de 2016

#5 livros de terror para morrer de medo



     Outubro é oficialmente o mês mais macabro do ano. Segundo a lenda, no dia 31 de outubro (véspera do dia de todos os Santos), os espíritos saiam dos cemitérios para tomar os corpos vivos, amedrontadas, as famílias apagavam suas tochas, luzes e qualquer outra coisa que pudesse produzir calor para que tornassem o ambiente mais frio e inibissem as almas. Essa lenda espalhada pelo povo Celta se alastrou pelos países ocidentais, contudo foi representado mais fortemente nos Estados Unidos.

     Pensando neste mês, resolvi fazer uma lista dos CINCO livro mais sombrios/desesperadores de todos os tempos. Ok, ficou um pouco exagerado, talvez não de todos os tempos, mas pelo menos os CINCO livros que eu mais tenho visto comentários positivos. Confesso que o Terror não é o meu gênero favorito, costumo ler coisas mais leves e no máximo um suspense policial, mas me dediquei bastante para escolher os livros certos para compor o nosso ranking.

#1 – Stephen King
O nosso primeiro lugar não é necessariamente um livro e sim um autor. Qualquer livro do King poderia entrar na lista, afinal ele é um dos autores mais famosos se tratando de livros de horror. Parte dos seus escritos foram adaptados para o cinema ou para a TV, em formato de série. Entre a extensa lista de livros escritos por ele, temos: A Coisa, Carrie – A Estranha, Under The Dome, O Iluminado, A Dança da Morte e muitos outros.



#2 – O exorcista

Há 40 anos esse livro causa arrepios por onde é lido e como se não bastasse imaginar os detalhes desesperadores, logo depois de lançado, em 1973, o livro ganhou as telas do cinema e assustou a todos que foram assistir.
Nos Estados Unidos da América, algo muito estranho acontece. Atingida por uma doença que os melhores especialistas não conseguem descobrir, uma criança caminha para a morte, semeando a destruição à sua volta, ao mesmo tempo que se vai apagando numa agonia atroz.
Autor: William Peter Blatty



#3 – O Bebê de Rosemary

Considerado um ícone da literatura de horror, O Bebê de Rosemary conta a história de “um casal que se muda para um novo apartamento e pretendem ter um filho. Porém, os seus vizinhos tem como objetivo tornar esse bebê o filho do demônio”.
Autor: Ira Levin



#4 Menina Má

Originalmente publicado em 1954, Menina Má, conquistou um verdadeiro sucesso. Foi adaptado para os cinemas e para os palcos da Broadway, e recentemente ganhou um relançamento com direito a uma capa pra lá de instigante.
Rhoda, a pequena malvada do título, é uma linda garotinha de 8 anos de idade. Mas quem vê a carinha de anjo, não suspeita do que ela é capaz. Seria ela a responsável pela morte de um coleguinha da escola?
A indiferença da menina faz com que sua mãe, Christine, comece a investigar sobre crimes e psicopatas. Aos poucos, Christine consegue desvendar segredos terríveis sobre sua filha, e sobre o seu próprio passado também.”

Autor: William March



#5 – Eu sou a lenda


Transformando cada homem, mulher e criança do planeta em algo digno dos pesadelos mais sombrios. Nesse cenário pós-apocalíptico, tomado por criaturas da noite sedentas de sangue, Robert Neville pode ser o último homem na Terra. Ele passa seus dias em busca de comida e suprimentos, lutando para manter-se vivo (e são). Mas os infectados espreitam pelas sombras, observando até o menor de seus movimentos, à espera de qualquer passo em falso... Eu sou a lenda, é considerado um dos maiores clássicos do horror e da ficção científica, tendo sido adaptado para o cinema três vezes.
Autor: Richard Matheson


Espero que tenham gostado, aproveitem bastante a leitura e depois comentem aqui o que acharam da lista! 




sábado, 24 de setembro de 2016

Memórias de Um Sargento de Milícias



Autor: Manuel Antônio de Almeida 

Editora: Nova Fronteira - Coleção Clássicos para todos 

Sinopse: AS SINOPSES DÃO MUITO SPOILER SOBRE O LIVRO!


     Para além da leitura obrigatória, tentei fazer uma leitura prazerosa e sinceramente e não foi difícil. Diferente de muitos livros que compõe o acervo de Clássicos da Literatura Brasileira, Memórias de um Sargento de Milícias, foge das “duas principais regras” para virar um clássico, leitura difícil e história densa.

     Manuel Antônio, autor do livro, tinha como única intenção narrar às histórias que eram contadas a ele, sem nenhuma outra pretensão. O livro primeiramente foi publicado como folhetim (semanalmente em um jornal da época) e isso acabou contribuindo para a boa fluência da leitura. Vale lembrar que na época em que foi lançado (século XIX), a maior parte da população brasileira era analfabeta e os poucos que sabiam ler, reunia um público e lia em voz alta o capítulo do dia (eles acompanhavam como acompanhamos as novelas e séries nos dias de hoje).  A necessidade de agradar o público tinha que ser um objetivo, caso contrário o folhetim não teria continuidade.

     Os capítulos são pequenos, existe uma intensão em despertar a curiosidade e o tom de oralidade é muito marcante, a todo o momento o leitor é chamado, pelo narrador, para fazer parte dessa história.

     O livro se passe no período que a família real estava abrigada no Brasil, ou seja, há muito tempo. Vindo de Lisboa para o Brasil e entre “piscadelas” e “beliscões”, Maria das Hortaliças e Leonardo se conhecem a bordo de um navio e quando desembarcam no Rio de Janeiro, ela já dá indícios de uma possível gravidez. 


     Apesar de intercalar a narrativa entre alguns personagens, o grande foco do livro é o filho desse casal e antes que achem estranho, não contarei o nome da criança, até porque é um suspense do próprio autor, vale apenas informar que é um menino.

     O menino nasce e logo nos primeiros anos é abandonada pela mãe e depois pelo pai e passa a viver com o padrinho, que sempre faz vista grossa com suas travessuras e o enche de mimos e carinho. Os primeiros capítulos do livro são exclusivos para as histórias da infância dele, rodeadas de confusões e travessuras.

     Os anos se passam e o personagem finalmente cresce e se torna um verdadeiro NEM-NEM (nem estuda, nem trabalha), só pensa em fazer besteira e farras. Internamente eu acredito que alguém tenha feito um boneco de vodu para o personagem, afinal de contas, como vão perceber ao longo da história, tudo acontece com esse ser humano e apesar da sorte está ao lado dele, tanto coisas boas quanto coisas ruins (essas últimas acontecem com mais frequência) acontecem com ele.

     Pense em um filme de comédia romântica ou até mesmo nessas novelas que conhecemos bem. O casal se conhece (sim, o personagem conhece o seu grande amor), se apaixonam e quando você pensa que vão ficar juntos, PÁH!, chega alguém e desmorona tudo. Eles procuram outros caminhos, conhecem outras pessoas, navegam por outros rios, mas no final percebem que os seus finais felizes são ao lado um do outro e acabam sendo capazes de qualquer coisa para ficarem juntos. Pronto, não existe mistério, não existe nada de extraordinário, mas quando você começa a ler, não consegue parar mais.

     Como eu sou do time dos românicos, as minhas partes favoritas do livro são as que o autor narrar os amores do pequeno/grande menino travesso. As primeiras sensações, os primeiros olhares, o desastre da primeira declaração e como é horrível você gostar de alguém e mais meio mundo gostar desse mesmo alguém.

"[Nome do personagem] havia pois chegado à época em que os rapazes começam a notar que o seu coração palpita mais forte e mais apressado, em certas ocasiões, quando se encontra com certa pessoa, com quem, sem saber por quê, se sonha umas poucas de noites seguidas, e cujo, nome se acode continuadamente a fazer cócegas nos lábios." (página 90)

     O livro tem humor, tem histórias muito interessantes e confrontos entre moral e amoral, mas isso não é algo para ser discutido por aqui. O que realmente nos interessa é o fato do livro ser realmente muito interessante e para quem está querendo se familiarizar com os Clássicos da Literatura Brasileira, este é o melhor começo.

     O livro fala sobre amor, traições, abandono, amizade, fofocas, religiosidade e traça um panorama muito sutil, mas importante, do Brasil desse período. Considerado um romance de costumes, a narração mostra como as pessoas viviam dessa época. 






sábado, 17 de setembro de 2016

Trailer de Cinquenta tons mais escuros

     Esta semana definitivamente foi marcada por muitos acontecimentos, mas teve um que levou as fãs da trilogia Cinquenta Tons de Cinza ao chão. Se você está pensando no primeiro Trailer arrasador e no banner oficial que foram lançados na última terça (13/09) está redondamente correta. 


     Este banner mostra claramente o poder que está mulher tem, se for levado em conta que no primeiro filme, o primeiro banner oficial era uma foto dele, de costas, mostrando o quando é difícil ser dono de tudo. 


     Faltam alguns longos e agoniantes meses para a tão esperada estreia do nosso queridinho, mas desde já não temos dúvidas de que será um enorme sucesso. Nas primeiras 24 horas do trailer no ar, ele bateu o recorde, até então de uma outra franquia absurdamente famosa (Star Wars: O despertar da força) e atingiu mais de 114 milhões de visualizações. Não esperava por menos, nós, fãs enlouquecidos, estamos assistindo várias e várias vezes para diminuir a ansiedade e aguentar até a estreia. 

MORTA COM ESSAS FOTOS! 

     Se você não assistiu, coisa que eu duvido muito, afinal, o mundo inteiro já assistiu, clica no vídeo aqui em baixo e se derreta junto com a gente.  


     Pelo o que podemos observar nas imagens, este segundo filme estará muito mais estruturado, com cenas mais bem feitas e com as nossas cenas preferidas do livro. Apesar de ter amado o primeiro, precisamos concordar que faltaram coisas e não me refiro a acontecimentos da narração.   

     Tudo o que podemos fazer agora é assistir esse trailer mais algumas vezes e esperar. De acordo com as previsões o filme chega aos cinemas em fevereiro de 2017. Nossa amada autora E.L. James anda fazendo mistérios quanto ao lançamento do "Cinquenta tons mais escuros" na perspectiva do Grey, mas acredito que esse sonho vai se realizar e quanto menos esperarmos, estaremos entrando na fila de pré-venda de uma dessas lojas da vida. 










VII - Poesia

Retrato - Cecília Meireles
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
– Em que espelho ficou perdida
a minha face?
     Esse poema da Cecília é um dos mais simples da literatura brasileira para se interpretar. Nele, o eu lírico, faz um retrato de si mesmo trazendo passado e presente para dialogar junto dela. São inúmeras as reflexões que podemos fazer a partir dele, mas a mais simples é: como o tempo passa rapidamente...
     Deixamos para amanhã, depois e depois as coisas que poderiam ser feitas no imediato, adiamos as ações das nossas vidas por colocá-las no futuro. O tempo vai passando, não sentimos isso acontecer e quando paramos para pensar "– Em que espelho ficou perdida a minha face?". Onde deixamos aquele sorriso perdido, aquele encontro marcado, aquele beijo que não foi dado, aquele eu te amo que não foi dito, aquela noite de luar, aquela caminhada ou aquele simples copo de água que poderia ser dividido com alguém especial? Não notamos pelas mudanças, não notamos pelo tempo passado, não notamos as pessoas que nos deixaram. Até finalmente, percebermos que envelhecemos, percebermos que basicamente só temos as lembranças e que já é tarde demais para muitas coisas que deixamos pelo caminho. 






sábado, 3 de setembro de 2016

Falando do autor: Jojo Moyes

     

     Querida pelos leitores? Sim!

     Admirada por muitos? Claro!

     Rainha das lágrimas? Com certeza!

     Máquina de emoções? Também!


     Não estou falando de nada sobrenatural e sim da DIVA literária do momento, Jojo Moyes. Nascida em 1969, na Terra da Rainha, Jojo atuou como jornalista (profissão de formação) durante dez anos em alguns jornais e desde 2002 se dedica integralmente a nos fazer chorar, pensar sobre as fragilidades da vida e nos mostrar mulheres fortes e fantásticas. Casada e mãe de três filhos, ela já bateu a marca de mais de 8 milhões de livros vendidos pelos mundo e recentemente atingiu 1,5 milhão apenas no Brasil (ACHO JUSTO ELA NOS FAZER UMA VISITINHA). #JojoVemProBrasil

     Seu sucesso não veio da noite para o dia, foi uma jornada de sucessivas tentativas e erros e hoje no Brasil ela tem nada mais nada menos que OITO livros traduzidos de um total de TREZE. 


     Confesso que sou daquelas leitoras que se impressionam com a capa e se tem uma coisa que me encanta nos livros da Jojo, são as capas minimalistas. A simplicidade dos traços, das informações... Tudo harmoniza para a beleza. Sou fã das capas originais, sempre que tenho a opção de escolher, descarto logo de cara as capas com os banners dos filmes.

     Como se não bastasse essa surra de Jojo Moyes e os meus bolsos vazios a cada novo lançamento (QUERO SEMPRE TODOS!!), a #EditoraIntrínseca  acabou de revelar que um dos Lançamentos de Setembro é o que? Exatamente, mais um livro da Jojo.


     Lendo alguns comentários e texto na internet, cheguei a conclusão de que esse novo livro não terá uma pegada romântica como os outros e sim uma coisa mais relacionada a conflitos/problemas familiares. De qualquer forma, estou aguardando ansiosamente para ler e descobrir quais emoções esse novo livro nos guarda. 

     O que nos resta é arrumar dois empregos como o Julius, pai do Chris, e sustentar esses numerosos lançamentos fantásticos que essas lindas editoras estão nos proporcionando. 

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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Hinos e etapas da FRIENDZONE


     O que fazer quando o seu CRUSH e o seu melhor amigo são a mesma pessoa??? (QUEM NUNCA NÉ???) Se eu fosse você anunciaria aos quatro ventos (VAI QUE????), mas como eu não sou você, eu coloco os meus fones de ouvidos, pego o meu cobertorzinho favorito e mergulho em um mar de tristezas que vai de Caitano Veloso pra baixo...


     Pensando neste estado de tamanhos sentimentos, sonhos, ilusões, decepções e lágrimas, resolvi fazer um post dedicado a você que está na FRIENDZONE, que mesmo se empenhando muito não consegue esquecer ou desapegar e que apesar de tudo ainda fica correndo atrás e fazendo de tudo pelo “amigo” ou “amiga”. 

     Quero fazer um adendo e resaltar que não são só as mulheres que ficam "'cozinhando" os homens não, tenho visto apenas memes de "soldados". ONDE ESTÃO AS NOSSAS SOLDADAS???? Nós mulheres também somos "cozinhadas" pelos homens, enroladas e deixadas na confortável zona de amizade... 


     Quem inventou a frase: “Não importa o que aconteça, sempre seremos amigos.” Nunca se apaixonou por um deles!

     Quero deixar bem claro que se você possuiu altos níveis depressivos, este post, não é para você!!!


     Pegue uma almofadinha, uma caixinha de lenços, esconda o celular (para não mandar nada que você possa se arrepender depois) e se desfaça em lágrimas e pensamentos. 
P.S.: MEU OBJETIVO É AJUDAR



Pensando em você - Pimentas do Reino 



     A RAINHA desta playlist já me fez derramar muitas lágrimas há uns tempos. Você pode escolher quem vai embalar a sua tristeza, afinal essa música já foi interpretada por muitos cantores tais como: Cláudia Leitte, Pimentas do reino (amo a versão deles), Henrique Cerqueira (o próprio compositor), Turma do Pagode e lá vai fumaça. Não importa quem cante, sempre vou ficar com vontade de chorar, pois nela conseguimos encontrar muitas referências de como nos sentimos internamente.

Amigo apaixonado - Victor e Léo 



     As vezes acordamos e nos encaramos no espelho com tanta coragem que chega a ascender dentro de nós uma faísca. Queremos sair correndo, contar, gritar, dizer o quanto ama, beijar na chuva, casar amanhã, ter dois filhos, um cachorro, um peixe, uma frigideira Tramontina, mas não é tão simples assim. Sabemos que é um sentimento lindo, que é triste esconder e apesar de termos a maior intimidade do mundo com o amigo(a), somos tomados por uma insegurança e dependendo das situações sabemos internamente quando pode dar certo e quando será um tiro no pé fazer tal declaração.  Sempre sacrificamos um sentimento pela permanência de uma amizade e se sofrer calado é o preço, tudo bem, conseguimos viver com isso. Por um tempo pelo menos!  

A próxima vez - Playmobille


     Fazia tempo que uma banda não me conquistava tanto. Essa música tem uma belezinha singular. Exala meiguice e amor. O(A) amigo(a) está desesperado e realmente apaixonado, ele(a) quer tentar, ele(a) quer fazê-la(o) feliz, ele(a) quer provar o seu amor e dar-lhe o mundo... Porque não???? Porque não tentar, vai que? O mundo tem tantas possibilidades, às vezes para saber se dá certo ou não, arriscar é a única saída. 

Eu preciso dizer que te amo - Cazuza / Tenho medo - Sorriso Maroto




     Trabalhamos mentalmente como uma balança. Começamos a medir o que é importante para nós. O problema de se apaixonar por um amigo(a) é que os prós e contras estão no mesmo barco. Ele te conhece melhor que você mesmo (às vezes), te ampara nos problemas, sabe dos seus rolos, dos seus defeitos, das suas qualidades, dos seus pensamentos, ambos sabem que formam uma dupla imbatível apesar dos apesares... e se mesmo assim ele quis ser seu amigo, começamos a imaginar o que falta para algo mais... Aí que mora o problema. Saber de tudo sobre você pode ser o ingrediente mágico ou a solução para a receita desandar. Se os sentimentos forem verdadeiros, vai chegar uma hora ao qual não aguentarás mais, mas isso pode levar um tempo e você pode acabar se sufocando. FALAR OU NÃO FALAR é uma atitude que só o eu interior poderá responder. 

Melhor amigo - Edson e Vinícius



     Bom, nunca tinha ouvido falar desta música até encontrá-la perdida pelo youtube. Temos que pensar que existem amizades e amizades. Existem aqueles amigos irmão, que nunca, em hipótese alguma imaginaríamos algo e existem aqueles, que eu realmente não sei de onde aparecem, que reúnem tudo o que você sempre sonhou + a afinidade como amigo. Não entramos na friendzone porque queremos, simplesmente acontece. 

Sozinho - Caetano Veloso / Velha infância - Tribalistas 





     Essas músicas... Eu não tenho nem palavras para descrevê-las."As vezes no silêncio da noite..." quem dera se fosse apenas a noite... Queremos cuidar, queremos amar, mostrar que nos importamos, mas não muito para não dar bandeira. Travamos uma batalha diária com os nossos interiores por esses sentimentos que nos sufocam. Queremos colar no outro e deixar de nos sentir sozinhos, talvez esse é o momento de percebermos que a amizade já não nos preenche mais... 

Namorado - Ferrugem


     Fala mais perto da minha boca, pois eu não estou te ouvindo... tá, parei!
     Beleza, você foi lá e contou. A reação dele(a) é um enigma. Você vai ter um princípio de infarte, taquicardia, mãos trêmulas, boca seca, febre, náusea, dores, princípios de desmaios, dentre outros sintomas antes, durante e depois. O que vai acontecer só Deus sabe, mas existem três resposta para esta situação: O não sei (nem vou comentar sobre ele. É muita indecisão e mais cozimento), o não e o sim. 

Por enquanto - Cássia Eller 




     Nem sei o que dizer. Perdemos mais um(a) soldado(a)! É lamentável, eu sei, mas na maioria das vezes é assim que termina. Acho lindo e levanto a bandeira de que a NASA precisa estudar os casos que mesmo depois de todo o desabafo a amizade não mudou nada, nadinha, nadinha, nadinha... Acho isso incrível e maduro. Não conheço ninguém, mas se você conhece me apresente, por favor. Geralmente, cada um volta para o aconchego da sua casa, do seu cobertorzinho, as músicas passam a ser mais deprimentes, até chegar o momento de dar a volta por cima. Não será fácil, confie em mim, vai ser muito difícil, você vai precisar de muito brigadeiro, mas seu retorno vai ser tipo fênix. Bola pra cima, parte para outro, mas dessa vez, por favor, sem ser amigo!  

Lucky (feat. Colbie Caillat)



      SIM, deu certo! Você é um(a) sortudo(a) e eu realmente não sei o que dizer, nunca cheguei nesse nível... Boa sorte! 

     


     E ai, você tem algum hino deprê ou algo que lembre o seu momento FRIENDZONE? Compartilhe com a gente!

















quarta-feira, 27 de julho de 2016

VI - Poesia

A arte de perder - Elisabeth Bishop

Tradução de Paulo Henriques Britto

A arte de perder não é nenhum mistério;
Tantas coisas contêm em si o acidente
De perdê-las, que perder não é nada sério.

Perca um pouquinho a cada dia. Aceite, austero,
A chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.

Depois perca mais rápido, com mais critério:
Lugares, nomes, a escala subseqüente
Da viagem não feita. Nada disso é sério.

Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero
Lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.

Perdi duas cidades lindas. E um império
Que era meu, dois rios, e mais um continente.
Tenho saudade deles. Mas não é nada sério.

Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo
que eu amo) não muda nada. Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser mistério
por muito que pareça (Escreve!) muito sério. 


     Quis postar esse poema como complemento da resenha que eu fiz aqui pro blog do livro "Cartas de amor aos mortos", pois em muitos momentos a personagem cita a Bishop e esse seu poema célebre. 
     Acho que esse é o grande mistério da vida: nos perder, para nos encontrar. Nos percamos um pouquinho a cada dia para poder nos completarmos e não devemos nos desesperar com as perdas, elas não são um mistério, com o tempo aprendemos a viver com elas. Logicamente que umas vão doer mais que outras, mas perder faz parte da vida.