segunda-feira, 21 de março de 2016

A BANDEJA - Qual pecado te seduz?


Sim, o livro possui três capas diferentes. Duas pela Editora Atitude e recentemente o livro foi relançado pela Editora Arqueiro. 


     Editora: Arqueiro / Atitude

     Autora: Lycia Barros (Carioquíssima) 

     Sinopse: "Aos 18 anos, Angelina está prestes a viver o maior desafio de sua vida: sair de Petrópolis para estudar no Rio de Janeiro, deixando para trás os
cuidados e a proteção de seus pais.

     Assim que se instala na república de estudantes e começa a assistir às aulas, a jovem percebe que as dificuldades serão muitas. Ela divide um quarto com uma colega desorganizada, uma frequentadora assídua de festas e chopadas que vive cercada de más companhias. Além disso, as condições das instalações da faculdade são precárias e os professores não parecem comprometidos.

     Angelina já está desanimando de sua nova vida quando esbarra no lindo
Alderico – ou Rico –, um cara capaz de fazer qualquer garota perder o fôlego. O que ela não poderia imaginar era que Rico é seu professor de linguística e se interessaria por ela também.

     Deslumbrada com a descoberta da paixão e certa de que Rico é seu grande amor, Angelina se joga de cabeça nessa relação, ignorando todos os conselhos que recebera dos pais a vida inteira.

     Ao mesmo tempo ela começa a ter sonhos que não consegue entender: homens lhe oferecem objetos numa bandeja e, logo depois que Angelina aceita seus presentes, eles se transformam em feras e desaparecem numa floresta.

     Primeiro volume da série “Despertar”, A bandeja é um romance arrebatador que retrata os dramas e as provações pelos quais qualquer jovem passa quando se afasta de sua essência e deve trilhar de novo o caminho do amor verdadeiro e de Deus."

     O nome do livro já é muito sugestivo num acham?

     Antes de qualquer coisa, quero deixar bem claro que esse livro não se trata, necessariamente, de um livro religioso. Existe uma relação entre a personagem e Deus? Existe. Nós ficamos mexidos com os acontecimentos? Sim e tem uma explicação muito simples para isso. O livro é ficção, mas a realidade não é uma coisa utópica. Lendo uma entrevista que a autora fez para uma revista teen, ela esclareceu que não fala de uma religião específica e sim da relação entre indivíduo e Deus, dessa forma cada um interpreta como quiser.

     A autora já deixou claro que escreveu o livro pensando nos jovens e adolescentes. A narrativa dela é muito simples e objetiva, sem contar que em alguns momentos senti como se os meus dilemas estivessem sendo discutidos pela personagem.

     A Angelina (personagem principal) está em uma fase da vida onde tudo é novo. Ela acabou de entrar para a universidade, saiu de sua cidade onde levava uma vida completamente dependente da família e até então achava que o mundo era basicamente aquilo que ela sempre viveu. E quando ela chega à universidade e consegue certa independência, afinal ela está morando “sozinha” em uma república – em uma cidade imensa -, seu mundo sai completamente do lugar e é ai que as coisas começam a acontecer.

     Ela é uma menina cristã, que nunca viveu as tentações que o mundo está disposto a oferecer e eu não falo de TENTAÇÃO apenas para pessoas cristãs não. A todo o momento (sendo religioso ou não), passamos por provações, das quais temos que fazer escolhas, seja das mais simples as mais complexas. Algumas podem ser levadas com tranquilidade e outras podem mudar nossas vidas para sempre. 


     Ao longo da leitura do livro, os leitores podem perceber muito sutilmente “Os sete pecados capitais” girando em torno dela. Não vou dar muitos detalhes dessas partes, porque vocês terão que fazer essas associações sozinhos.  

     O livro fala de amor, é claro. A vida da personagem se desenvolve devido a esse amor. É normal nos apaixonarmos, mas e quando essa paixão vira dependência e te cega? Você deixa de priorizar a sua própria vida em favor do outro. Você esquece si mesmo para se projetar no outro e quando percebe isso, às vezes é tarde demais. Percebemos ao longo do livro, a diferenciação muito explícita do verdadeiro amor para o desejo carnal momentâneo, entre aquele amor que te deixa louca e te dilacera e aquele amor que te traz a paz e te ampara – mas não sem esse fogo apaixonado, ninguém é de ferro.
 
     Se eu pudesse resumir o livro em uma palavra seria: escolha. As escolhas que fazemos na vida, nos definem e às vezes nos afastam ou nos aproximam de algo ou alguém. No caso da Angelina, as escolhas dela a afastou de si mesma, de sua família, de seus amigos, de seus estudos e principalmente de DEUS. AquELE que sem ela perceber, nunca a desamparou.

     A BANDEJA faz parte de uma Coleção chamada DESPERTAR. São outros volumes independentes, porém que se relacionam. Confuso né? Mas só parece. Alguns personagens que aparecem no primeiro livro ganham suas sequencias independentes para se aprofundar melhor em seus dilemas. Como a própria autora já falou, essa coleção e acredito eu que todos os livros dela, são voltados para o público Adolescente / Jovem / Jovem adulto, sendo assim, cada um aborda uma temática desse mundo como sexo, drogas, problemas familiares, relacionamentos, conflitos internos etc. 


“- Em primeiro lugar, você deve descobrir o significado da palavra “amor”. Está bem claro em I Coríntios 13. As paixões arrebatadoras dificilmente têm algo a ver com o verdadeiro amor e duradouro amor instituído por Deus. Esse “sentimento enganoso”, tão comumente confundido com amor, se vivido de forma errada pode adquirir o poder de destruir uma pessoa, e eu não daria esse nome a isso. O amor faz bem e não atrai o mal. É o maior dom de Deus a ser alcançado e não traz dores consigo. Se vivido da forma correta, é capaz de iluminar uma rua inteira fazendo transparecer a glória de Deus pelos olhos dos amantes.” Pág. 184



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