sábado, 31 de outubro de 2015

Sorteio



Olá gostosos e gostosas tudo bem com você? 

       Como vocês sabem, o nosso blog ainda é apenas um bebê e para comemorar esse "nascimento", estamos fazendo o nosso primeiro sorteio de muitos outros. 
       Como somos muito boazinhas, estamos sorteando dois kits, para dois lindos seguidores diferentes. E ai vai querer ficar fora dessa? Vai deixar a chance de ganhar 11 marcadores e um bottom passar? Claro que não, né? 

       O SORTEIO SERÁ NO DIA: 15/11/2015
       Para participar é muito fácil, tão fácil que você pode fazer isso pelo computador, acredita? rs' 
Vamos lá então: 

1 - Entre em nosso blog. ( ah esqueci, vocês já estão aqui. rs')
2 - Curta nossa página no facebook: https://www.facebook.com/mergulheientrepaginas
3 - Curta e compartilhe o link oficial do sorteio (ele está na nossa página). 
4 - Abra o link do sorteio, ou na página ou por aqui mesmo e clique em "QUERO PARTICIPAR" sorteiefb.com.br/tab/promocao/501655


Corram que dá tempo, vamos participar e ajudar a promover o blog e a página! 





Conto : O crime dos Gatos

Oi galerinhaaaa, em homenagem ao Halloween , a nossa querida Autora Mércia Ferreira , nos cedeu esse maravilhoso conto de suspense e terror, vamos dar uma olhadinha ? 




Um conto de Mércia Ferreira

                                                         


                                                       O crime dos gatos



Há cerca de dois meses, em uma rua de um bairro pobre em uma cidade, gatos mortos começaram a ser encontrados pelas ruas todas as manhãs. Os bichos eram encontrados com um embrulho plástico preso às cabeças e com cortes na barriga, e se eram fêmeas, tinham os mamilos cortados. A cena era algo mórbido de se ver. Principalmente quando era uma criança que encontrava. As autoridades foram acionadas. Um crime macabro a seres tão inofensivos estava sendo cometido, todas as noites, nas ruas daquele bairro, e para todos eram um fato perturbador, tanto quanto misterioso. 

Há cerca de um ano e meio, nesta mesma rua houve um assassinato brutal. O marido chegou a casa e matou a mulher, exatamente da mesma forma como eram encontrados os seres vitimados nos dias atuais. Ele a matou com asfixia, e ainda lhe perfurou a barriga com facadas e lhe cortou os seios fora. Ninguém nunca soube o que aconteceu naquele dia quando ele chegou. Sabe-se apenas que ele chegou cedo do trabalho e cometeu tal ato. 
Mas o fato causador de tal fato não era a única incógnita para os investigadores ou para os moradores que presenciaram a policia levando o corpo da mulher e do homem. O casal tinha um filho de dez anos. Alguém na vizinhança ligou para a polícia naquela noite. Quando os policiais chegaram, a mulher já dava seus últimos suspiros, e seu fim foi inevitável. O homem se jogou contra um policial e foi baleado. Um sangramento ininterrupto no peito o levou a óbito antes de chegar a um hospital. O filho, em tanto tempo de investigação, nunca foi encontrado, ainda que morto. 
Um ano e meio depois e as marcas deixadas pela trágica história da família Brandão ainda habitavam a velha rua. Muitos moradores, não só da rua, mais do bairro, mudaram-se devido ao medo. As pessoas passaram a evitar passar em frente à casa e quando o faziam, olhavam para outro lado, com medo de que os espíritos ainda estivessem lá. 
Mas naquela noite, havia um ser a espreita. Um vigilante às escondidas, sobre o tetos das casas, apenas esperando o assassino de felinos aparecer. E naquela noite tudo estava a seu favor. Ao longe, quando as ultimas luzes foram apagadas nas casas e todos dormiam, ao longe uma sombra atravessou a rua. A sombra correu em direção à algo em um arbusto. Mesmo a distancia o vigilante escondido pôde ouvir o protesto de um felino. A sombra correu para o fim da rua, arrastando o pobre animal a força. 
Logo o vigilante desceu do teto que estava por uma árvore. Um arrepio causado pelo frio da noite percorreu a espinha do homem. Mas ele não parou. Andou rápida e cautelosamente para o fim da rua, em busca de sinais de por onde a pessoa entrou. O caminho percorrido levava exatamente para próximo à casa onde ocorreu o assassinato. 
Eliot, o vigilante, parou em frente à casa com o mesmo medo de todos, mas de algum lugar na casa abandonada dos Brandão veio um protesto esganiçado do gato. Ele agitava-se enormemente. Eliot correu, cercando a casa que tinha antes apenas jardins mortos ao seu redor, sem cercas ou muros na frente, e nos fundos apenas uma cerca mediana. Por entre as brechas da cerca ele avistou a sombra fazendo mal ao ser tão inofensivo. A face era impossível de ver, mas ouviu uma voz nada adulta, porém, forte, como se a pessoa estivesse fora de si. 
–Morra... Apenas morra sua desgraçada! –Eliot ergueu o corpo escondido e avistou um menino, por volta de uns doze anos, cabelo comprido que caía sobre os olhos e uma roupa surrada. 
Os pés desajeitados de Eliot pisaram em um galho que quebrou e fez barulho, chamando atenção do menino. A criatura macabra na frente de Eliot lhe lembrava de alguém, mas não sabia definir de quem se tratava a semelhança. 
Os cabelos negros do garoto esvoaçaram com um vento frio que inundou a noite. Eliot tremeu e seus pelos arrepiaram-se. O menino soltou o animal no chão, deu passos lentos para trás. o vigilante notou a estratégia do menino e fez menção à pular a pequena cerca. Apoiou então as mãos sobre a mesma e se lançou para dentro. Quando seus pés tocaram o chão interno do perímetro, vasculhou com os olhos o lugar onde o menino estivera. Ele havia sumido. Por um instante ficou aturdido, mas em seguida ouviu a porta da casa que há um tempo estava interditada, bater. 
Seus passos ligeiros seguiram o caminho da porta. Estava aberta. Ouviu os passos ligeiros do menino correndo dentro da casa. Seu medo era grande, mas sua determinação era maior, e naquela noite ele tinha que ter uma resposta para aquilo que vinha se passando naquela rua. 
Ouviu algo ser arrastado. Correu. E diante dos seus olhos, ao chegar a uma sala de moveis encobertos e tomada por teias de aranha viu o menino empurrando uma espécie de porta camuflada na parede. Uma passagem secreta. Aquela criatura sabia o que fazia ali. Ele conhecia a casa. Eliot teve flashes de memoria, recordando detalhes sobre aquela casa e o caso ali. 
–Bruno? –o menino voltou-se para ele, que não ouviu seus passos e nem notou sua presença. –É você, Bruno? 
–Você deve morrer! –os olhos do menino pareciam tochas acesas. Brilhavam contra a luz do farol da lanterna. Sua voz era algo estranho, arrastado. Era baixa, contida e assustadora. Mas em vez de partir para cima de Eliot, assim como seu jeito e palavras ameaçou, ele andou em direção ao lugar que ele abriu e seu corpo se escondeu na escuridão da passagem que levava Deus sabe para onde. 
–Droga! –Eliot exclamou raivoso. Ele encontrou o menino sumido, descobriu quem vinha cometendo este crime terrível na rua e encontrou o local que o abrigou todo este tempo. A passagem se fechou e ele ficou do lado de fora. Bruno travou a porta por dentro e ele nunca conseguiria abrir sozinho aquela porta. 
O rádio comunicador em seu bolso era a solução. Um contato e aquela porta seria colocada à baixo. 
–Esquadrão? Câmbio! 
–Jaguar na escuta, câmbio! 
–Jaguar, Águia Um aqui. Câmbio. 
–Qual a emergência? Câmbio. 
–Encontrei o assassino dos gatos, na Rua Benito Amaral. Preciso de reforço! Câmbio. 
–Localização exata? Câmbio. 
–Casa de Numero 2512. Lembra a casa do crime de um tempo atrás? Câmbio.
–Confere! Câmbio. 
–Estou dentro dela. Venham logo. Câmbio. Desligo. 
Em menos de trinta minutos os carros de policia começaram a parar na porta. A casa foi invadida. O capitão foi na frente e encontrou Eliot. 
–Que bela recepção! Onde ele está? –perguntou o capitão.
–Senhor, precisaremos de algo mais especial neste caso... –Eliot era cauteloso.
–Como assim? 
–Lembra do caso que ocorreu nesta casa? 
–Sim, lembro. O marido matou a mulher e o filho. O corpo do filho nunca foi achado. E o marido morreu baleado. Mas o que tem haver com o agora? 
–O senhor lembra como o homem matou a mulher? E lembra como os gatos foram encontrados? Ah, e quem afirmou que o menino foi morto? 
–O que está querendo me dizer? Sem rodeios, por favor! –o homem disse rispidamente.
–Senhor, todos os bichos que foram mortos, ele tem semelhanças em sua morte com a morte da mulher desta casa. A senhora Brandão! Todos, em especial as fêmeas, que são cortadas os mamilos também! E eu vi nesta noite...
–O que viu nesta noite? –o capitão já estava perdendo o pouco de paciência que lhe restava. 
–O menino, senhor... Ele não está morto. Ele está aqui, nesta casa. O Bruno está vivo! E creio eu que ele presenciou a morte da mãe. Ele fez aquilo tudo! 
–Como assim? E onde está o menino? Eu vim aqui buscar um criminoso e você me vem com uma historinha pra dormir? 
–Senhor, há aqui uma passagem secreta. Ele entrou aqui dentro, e nunca saiu. –Eliot apontou em direção à parede. –Teremos que derrubar. 
O capitão estava impaciente, andando de um lado para outro. Os pouco fios de cabelo que ainda tinha estavam suando, e seu corpo já velho estava cansado. O homem chamou sua equipe e ordenou: 
–Derrubem a parede. Até a casa se preciso for! E Eliot, venha aqui! 
Eliot andou para fora da casa com seu capitão. Lá fora haviam pessoas andando pelas calçadas, querendo saber o que se passava. O capitão virou para ele:
–Encontre a melhor clinica e os melhores médicos para cuidar desse garoto! Eu quero a melhor equipe possível! Falo questão! 
–Sim, senhor! Mas uma clinica pronta para isso custará algo bem razoável, e ele não tem mais família senhor, para pagar... E ele é só um menino, não pode ser jogado em um abrigo comum. Não no estado em que se encontra. 
–Como assim: estado em que se encontra? 
–Ele me disse que eu devo morrer. Ele me ameaçou senhor. No mínimo ele precisará de uns dois psiquiatras para cuidar dele. E nesta situação, a família dos pais dele não o quererá por perto. 
–Sim, o quererá! Principalmente sabendo que está recebendo o melhor tratamento possível... Agora ande até o meu carro e busque no porta luvas, e encontrará uma agenda. Nesta agenda tem os contatos de uma clinica muito boa. Diga que Jamarcus Lisboa Brandão o está enviando. 
O capitão Lisboa indicou o carro, que não era o de serviço e sim seu carro pessoal, liberou o alarme e partiu para dentro de novo. Eliot estava pensativo sobre aquilo tudo. Ao sentar no banco do carona do carro de seu superior, saiu tateando até achar a agenda. Quando a abriu, de dentro caiu uma enxurrada de fotos. Com a lanterna ele observou cada uma dela. 
Eram fotos da família Brandão, antes do assassinato. E tinha uma de Bruno, sorrindo, brincando em um balanço. Na época em que ocorreu o crime, Eliot ainda não havia sido transferido para a cidade, e não teve contato com a família do casal. Não que soubesse. Mas ali ele descobriu que viveu um bom tempo ao lado de um familiar mais que próximo. Como pôde nunca ter associado o seu capitão à família? 
A ultima foto era do capitã e o menino Bruno em seu colo, com chapéu de aniversário. O capitão era tio do menino. Irmão da mãe dele! E agora o reencontrou e queria protege-lo. Queria dar-lhe o melhor. 
A porta da passagem secreta foi derrubada por seis homens e seus machados. 
O menino estava encolhido em um canto, temeroso. O semblante quase demoníaco de antes estava escondido. Ele estava tremendo. Logo um policial se aproximou do menino. 
–Ei, garoto, eu não vou fazer mal a você! Você pode confiar em mim. Eu só preciso levar você comigo! Você confia em mim? –o policial falava mansamente para não assustar mais ainda o menino. 
Bruno meneou a cabeça em afirmativa para o homem que se aproximou dele devagar e o ergueu no colo. Quando o policial estava saindo para fora do lugar, o menino fez um barulho como um choro, recostado em seu peito. O homem baixou o olhar para ele, e o menino sorriu, como se estivesse no natal e recebeu o melhor presente. 
–Você deve morrer! –e o menino sacou da manga da camisa uma faca e deferiu um golpe no peito do homem. Todos presenciaram a cena. O homem o soltou, caindo de joelhos, em pura dor. O menino tentou correr, mas estava cercado. Era inevitável ser pego naquele dia. Dois policiais o seguraram por cada braço e um terceiro o revistou. Haviam mais duas facas pequenas nos bolsos. 
O menino olhou para cada um deles e disse a mesma frase:
–Você deve morrer! 
Aquela noite foi cansativa e cheia para todos. por sorte a força o menino não foi suficiente para matar o policial. Ele teve complicações, mas sobreviveu. 
A clinica recebeu o menino, mas todos o temiam. Ele foi colocado afastado de todos, em um quarto protegido e sem materiais pontiagudos. Mas nem assim as enfermeiras confiavam entrar em seu quarto sozinhas. Bruno nunca abriu a boca para dizer nada mais além da mesma frase de sempre. Todos os dias ele repetia as mesmas palavras para qualquer um que entrasse lá:
–Você deve morrer!
Um ano se passou e as mesmas três palavras eram as únicas que ele dizia. Nem mesmo os psicólogos e psiquiatras da clinica conseguiram fazê-lo falar. 
Mas naquela tarde, quando a nova psicóloga chegou para seu primeiro dia com o menino, e solicitou vê-lo, trouxe uma nova esperança para Jamarcus. 
Em frente à porta do quarto do garoto, Micaela parou, encarando a porta, acompanhada de três enfermeiros que foram destinados à garantir sua segurança lá dentro. Ela respirou profundamente e se voltou para os enfermeiros. 
–Certo... Eu não entrarei nesta sala com vocês! Só para que saibam logo, eu não trabalho desta forma. Se os mandaram, apenas os digam que é assim que funciona comigo e que se não aceitarem minha metodologia, tenho vários outros convites de clinicas no país todo me requisitando. 
–Mas nós recebemos ordens... –protestou um enfermeiro. 
–E está recebendo outra agora. Ou ficam de fora do Meu trabalho ou eu vou embora. Simples assim! E mesmo, fui informada de que têm câmeras escondidas no quarto. Vão para a sala de monitoração e fiquem de olho. E se, apenas se, eu correr risco, vocês vêm. Agora me deixem trabalhar! 
Um dos enfermeiros confirmou com um menear e abriu a porta. Ela deu-lhes as costas e adentrou a sala. 
Era uma sala totalmente branca. Sem desenhos ou vida. O menino estava sentado no chãos, ao lado da cama. Seu uniforme era uma simples camisola branca e enorme. Nos pés um chinelo de dedos. Os cabelos haviam sido cortados e mantinham ele em plenos tratos higiênicos. Nem mesmo as unhas cresciam, por cautela. E como fazer isso tudo? Ele era sedado sempre. 
–Bruno? –ela chamou. Ele sequer levantou a cabeça para olhar para ela. –Bruno! Olhe agora para mim! –ela foi ríspida, e funcionou. Ele olhou. Quando os lábios do menino iam se mover para proferir suas únicas palavras, ela o agiu. –Já sei! Eu tenho que morrer, blá, blá... Isso é chato sabia? Quer saber, você é mimado de mais por todos aqui, que ficam insistindo para você falar qualquer coisa que não seja essa sua baboseira de sempre, mas eu não! Eu vim apenas dar eu mesma o meu próprio recado! E quer saber qual é? –perguntou.
O menino a encarou e negou com a cabeça.
–Vim lhe dizer que todos os dias eu estarei aqui, na sua frente, por pelo menos uma hora. E não vou ficar falando besteira com você, ou implorando que fale nada. Mas você terá que me ver todos os dias. Não importa o que faça, ou o que quer, eu não vou desistir! E com o tempo você aprenderá a confiar em mim. E quando você vier a ver que está pronto para falar, você o fará sem pressão! –ela não era nada gentil em suas palavras. Nem parecia estar falando com um menino de treze anos. Ele a encarou, sentado no chão, e sem mover um centímetro do corpo. Ela apenas puxou uma cadeira simples, de plástico e sentou de frente para ele e nada mais disse. E aquela hora que parecia eterna passou e ele não disse nada, mas nada tentou contra a mulher. 
Um mês inteiro sem passou. Todos estavam espantados com a persistência e forma de agir de Micaela. Mesmo sem que Bruno falasse algo importante, mas para ela, ele nunca disse aquelas palavras de sempre. E agora ele conseguia se mover pelo quarto quando ela estava presente. E ela levou, mesmo correndo o risco de ele tentar algo, materiais de pintura, e papeis para ele colorir. Sempre sendo alertada de que ele poderia usar um lápis de cor para enfiar na garganta dela. 
Aos fim do terceiro mês ela adentrou o quarto como fazia todos os dias. Mas ele estava de pé, ao lado da cadeira que ela sempre usava. Ele virou a cadeira e a ofereceu a ela. Ele tinha os cabelos molhados, e a camisola fora substituída por indicação dela por uma roupa mais adequada. Agora usava calça e camisa, brancas como sempre. Os pés descalços diziam o quanto ele se sentia a vontade diante dela. 
–Olá, Bruno! 
–Oi! –ele respondeu, pela primeira vez! 
Para ela, ouvir a voz dele foi uma enorme surpresa. 
–Tudo bem com você? –ela perguntou, com uma expressão alegre no rosto, mas ele se retraiu, assustado. Ele apenas acenou concordando. Ela sentou na cadeira que ele ofereceu, e ele andou até seu lugar rotineiro, e sentou sobre as pernas ao pé da cama. 
Ele parecia impaciente naquele dia, como se algo o incomodasse. Ele começou a coçar o meio da mão direita em um sinal de nervosismo. 
–Bruno, há algo que queira me falar? –Perguntou calmamente. Ele acenou em sinal de sim. –Pois diga! Ou você pode desenhar, ou escrever para mim! –Ele negou com a cabeça. –E que tal usar as palavras? Vamos, deixe-me ouvir sua voz! Um rapazinho tão bonito deve ter uma voz linda. 
Um tempo se passou. Micaela já olhava o relógio, esperando o momento de dar as costas e sair. Mas o importante é que ele avançou um pouco. Já era algum mérito. Quando ela levantou, para sair mais cedo e dar espaço a ele, então Bruno resolveu reagir:
–Não vá! –seus olhos pediam mais que suas palavras. Ela assustou-se com tal atitude, mas sentou novamente. 
–Certo, eu fico. Mas por que quer que eu fique? 
–Seguro. Eu me sinto seguro! –ele falava pausadamente. –Eu fico bem com você aqui.
–E quando eu saio, o que sente? –cautelosa.
–Vontade de morrer. 
–Você sabe por que está aqui, Bruno? 
–Sim! Eu não fiz nada. Eu podia ter ajudado ela. E não fiz nada a tempo. Liguei tarde... –ele começava um choro baixinho. 
–Não, Bruno, você fez o que pôde! Você é apenas uma criança. Não havia muito o que ser feito...
–Sim, havia! –seu choro aumentou. Ele estava se agitando. –Ela estava amarrada na cama por vários dias! E tudo por minha causa... –ele se encolheu no chão. Parecia um feto, deitado e chorando. Micaela não soube o que fazer. Estava aturdida. Era a primeira vez que ele falava. O progresso em um dia fora maior que em três meses inteiros. 
Micaela foi levada da sala e por aquele dia, em meio à agitação do menino ele foi sedado. E Micaela foi dispensada por dois dias para que pudesse se recompor. Mas do contrário de muitos, ela não se deixou levar pela ordem e retornou no dia seguinte para ver o menino. E ele estava da mesma forma quando ela chegou. A esperando!
–Oi, Bruno! –ele não respondeu. Deu as costas para ela, e caminhou pelo quarto. 
Após um tempo ele virou-se para ela, que nem esperava que ele abrisse a boca para falar naquele dia. 
–Me desculpe por ontem... –ela levou uns minutos para assimilar a atitude do menino. E em seu silencio permaneceu, para que ele tivesse seu próprio espaço, e ele continuou. –É que não é fácil tocar nisso! E eu sei que estou doente e que você quer me ajudar. Só não sei se consigo...
–Bruno, eu passei três meses esperando que me desse um simples oi, e isso, lá fora é um grande avanço de sua parte. Eu não espero chegar aqui todos os dias e ouvir de você as mesmas coisas, ou que me conte a cada dia um trecho, mas para ouvir quando estiver pronto para me dizer... Eu me preocupo com você! –suas palavras afetaram a ela. 
O menino andou até ela, e tocou os cabelos longos dela, que negros, caiam em cascatas. O menino sorriu pela primeira vez desde que o vira. 
–Você me lembra ela! É linda e persistente! E isso não é bom. Ela persistiu quanto a manter um caso com outro homem, e papai descobriu... Ele a amarrou na cama e passaram-se dias assim. Ele pedia para ela jurar que nunca mais olharia para o amante. Eu ouvi muitas vezes ela negando isso ao meu pai. –as palavras do menino eram frias, duras como rocha. Não era atoa que ele estava naquele lugar. Ele presenciou horrores. –E quando ele cansou de insistir com isso e ela irredutível não aceitou, ele fez o que fez. 
–Você assistiu à tudo? Onde você estava? E como viveu este tempo todo? 
–Assisti sim, a tudo! Eu estava o tempo todo na parede. Aquele lugar me escondia todos os dias. E eu sempre ficava lá, a observando. Eu poderia ter soltado ela da cama, e fugido com ela, mas ele iria atrás de nós e eu seria o traidor. Mas o mais simples de tudo foi sobreviver. Eu nunca precisei de muita coisa. E estava na minha casa. Tinha minhas roupas e alguma comida e dinheiro que sobrou. Depois fui gastando um pouco dinheiro que eu tinha no esconderijo. 
–E por que os gatos? Por que fez aquilo tudo? 
–Quando eu fiquei sozinho e dormia no esconderijo, com medo de alguém invadir a casa e me pegar no quarto e me levar para algum lugar, eu fiquei com a mente perdida. A única coisa que eu lembrava era de como ele matou mamãe. –ele não era mais o menino de antes, não aquele que acariciou os cabelos dela. Não aquele que deu um oi com voz macia. Era macabra e doentia. Parecia que o Bruno havia dado vaga à outra pessoa. –E a vontade de reproduzir a cena me consumia. E até fugi por um tempo destes pensamentos, mas houve um momento em que não consegui segurar-me. Eu só conseguia pensar no quão gostosa seria a sensação de deslizar a faca pela pele se algum ser. E eu fiz a primeira vez, e gostei. Era maravilhoso sentir uma vida se esvaindo pelas suas mãos. E quando comecei a fazer, passei a dormir melhor. E cada vez mais eu precisei repetir. E depois comecei a sentir vontade de sentir o sabor do sangue e muitas vezes eu bebi, nas taças caras de mamãe. 
O sorriso de lado no menino a deixou desconfortável. A forma como ele se expressava e suas revelações eram de embrulhar o estomago. Mas ela precisava se controlar. Ela era uma profissional e era a única capaz de fazer ele falar. E agora, graças a ela, a plateia na sala de monitoramento estava se divertindo. 
–Eu já falei tudo. Então você pode me deixar sozinho ou pode me levar para um passeio. –sorriu, arteiro. 
–Apenas mais uma pergunta. Posso? 
–Claro! 
–O que você faria se saísse lá fora e visse outras pessoas, e talvez animais? 
–Eu não sei! Mas acho que tanto tempo aqui e depois de conseguir colocar para fora tudo, posso conseguir me restaurar. –era mesmo uma criança falando? 
–A gente pode fazer alguns testes, caso queira! Eu dou um jeito de você ser liberado para andar pelo pátio, e posso analisar como age em meio aos outros. É uma tentativa. E pode ser sucedida. Mas você tem que prometer que manterá distancia dos gatos. Tudo bem para você?
–Tudo bem! 
Naquele dia, ao sair do quarto do menino, havia uma comitiva enorme a espera de Micaela lá fora. Foram horas de discursões e debates. Era uma tentativa arriscada, mas deveria ser pensada. E todo o ambiente teria que ser adaptado para que não pusessem a vida de nenhum paciente em risco. 
No dia seguinte Bruno colocou os pés para fora do quarto, assustado com a quantidade de pessoas. Ele foi apenas liberto do quarto, sem acompanhamento. Micaela o acompanhando de longe. O dia todo correu assim, e tudo deu certo. Naquela noite houve uma nova reunião e decidiram pelo voto de confiança de que o menino poderia evoluir em meio a outras pessoas. Assim, todos os dias o seu quarto seria aberto e ele poderia transitar pelos pátios da clinica, mesmo sem falar com as pessoas. 
Um ano se passou desde que Bruno chegou àquele lugar e todos acreditaram em sua regeneração. Ele dizia não lembrar mais o que era a sensação de matar, e afirmava sentir medo e vergonha, por tudo o que havia feito. 
Segundo os médicos, ele estava pronto para conhecer sua nova casa e tentar uma vida em família. O liberaram e sua guarda foi concedia ao seu tio Jamarcus, que lutou muito para tê-lo em casa. 
Mas será que Bruno foi sincero com todos na clinica? Seu tio o recebeu bem e lhe deu novo lar. O tio conversou com ele e disse que faria o possível para que ele fosse feliz naquele lar. Prometeu a Bruno que ele teria tudo o que estivesse ao alcance do tio. 
–Posso ter um cachorro, tio? 
–Claro, meu garoto! Hoje mesmo iremos ao pet shop e você poderá escolher o cão que você quiser! –falou animado. 
–Obrigada, Tio! –Bruno o abraçou. 
No meio da tarde havia um Golden Retriever correndo pela casa. E quando as luzes da casa de apagaram naquela noite e o pequeno Golden adormeceu, ao lado da cama do menino, foi surpreendido por um plástico encobrindo seu rosto e o sufocando. Por sorte o cão conseguiu ganir e despertou Jamarcus. 
Na seguinte manhã o menino estava voltando para a clinica. Não havia muita coisa a ser feita por enquanto. 
E no fundo, embora ele nunca confessasse, mas seu desejo de reproduzir a cena da morte da mãe jamais o abandonaria. E o profundo escuro dos olhos do menino sempre seriam uma imensidão de pensamentos insanos que jamais findaria. 
Fim! Ou não.


                                                 

Halloween - Dia das Bruxas



O Dia das Bruxas
 (Halloween é o nome original na língua inglesa) é um evento tradicional e cultural, que ocorre nos países anglo-saxônicos, com especial relevância nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido, tendo como base e origem as celebrações dos antigos povos, sendo que não existe ao certo referências precisas de onde surgiram essas celebrações. O Halloween é uma festa com vários nomes: Samhain (fim de verão), Samhein, La Samon, ou ainda, Festa do Sol.Mas o que ficou mesmo foi o escocês Hallowe'en. Uma das lendas de origem celta fala que os espíritos de todos que morreram ao longo daquele ano voltariam à procura de corpos vivos para possuir e usar pelo próximo ano. Os celtas acreditavam ser a única chance de vida após a morte.Os celtas acreditaram em todas as leis de espaço e tempo, o que permitia que o mundo dos espíritos se misturassem com o dos vivos.Como os vivos não queriam ser possuídos, na noite do dia 31 de outubro, apagavam as tochas e fogueiras de suas casa, para que elas se tornassem frias e desagradáveis, colocavam fantasias e ruidosamente desfilavam em torno do bairro, sendo tão destrutivos quanto possível, a fim de assustar os que procuravam corpos para possuir, (Panati). Os Romanos adotaram as práticas célticas, mas no primeiro século depois de Cristo, eles as abandonaram.O Halloween foi levado para os Estados Unidos em 1840, por imigrantes irlandeses que fugiam da fome pela qual seu país passava e passou ser conhecido como o "Dia das Bruxas".


                                                                       Travessuras ou Gostosuras ?

A brincadeira de "doces ou travessuras" é originária de um costume europeu do século IX, chamado de "souling" (almejar).No dia 2 de novembro, Dia de Todas as Almas (ou Finados aqui no Brasil), os cristãos iam de vila em vila pedindo "soul cakes" (bolos de alma), que eram feitos de pequenos quadrados de pão com groselha. Para cada bolo que ganhasse, a pessoa deveria fazer uma oração por um parente morto do doador.Acreditava-se que as almas permaneciam no limbo por um certo tempo após sua morte e que as orações ajudavam-na a ir para o céu.



Com o Halloween ai , nada melhor do que ir ao cinema assistir dois grandes filmes de terror não acham ? Aqui vão duas dicas super legais . 

 Filme : Atividade Paranormal - Dimensão Fantasma. 

Continuando a série de longas de terror "Atividade Paranormal – Dimensão Fantasma", o 6° da franquia, conta a história de Ryan Fleege que após se mudar para uma nova casa com a família descobre dezenas de fitas cassetes de décadas anteriores.As imagens, parecem se comunicar com os seres vivos com uma forma estranha. Na busca por novidades, Ryan encontra uma câmera especial, capaz de registrar atividades paranormais e resolve gravar os fenômenos malignos que ameaçam a sua família.



Filme : O  Último Caçador de Bruxas


Já o filme "O Último Caçador de Bruxas" traz Vin Diesel como protagonista, que interpreta o caçador Kaulder, um imortal que viveu nos últimos séculos à caça de bruxas. Nos dias atuais, em Nova York, Kaulder é obrigado a unir forças com sua inimiga natural, para evitarem que a rainha das bruxas, espalhe uma terrível praga na sociedade.







quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Dia Nacional do Livro


      Sou só eu que acho que hoje deveria ser feriado nacional?
     Hoje é comemorado no Brasil, O Dia Nacional do Livro. Infelizmente não ganhamos de presente livros ou as editoras e lojas fazem promoções de livros a R$1,00 para nós meros mortais, mas ainda sim nossa vontade de comemorar é tamanha.
     O Dia Nacional do Livro surgiu para homenagear a criação da Biblioteca Nacional do Livro, em 1810, pela Coroa Portuguesa. Na época, D. João VI trouxe para o Brasil centenas de milhares de exemplares da Biblioteca Real Portuguesa, formando assim a Biblioteca Nacional do Brasil.
     Lembrando que, antes de trazer os livros, o Brasil já tinha começado a editar os seus próprios livros ainda em 1808, quando D. João VI fundou a Imprensa Régia. O primeiro livro a ser editado por aqui foi “Marília de Dirceu”, do escritor Tomás Antônio Gonzaga. 


CURIOSIDADES:
  • O Brasil comemora também no dia 18 de abril, o Dia Nacional do Livro Infantil, uma homenagem ao nosso amado escritor Monteiro Lobato.
  •  O Brasil também comemora no dia 23 de abril, o Dia Internacional do Livro, que surgiu primeiramente na região da Catalunha, na Espanha, em homenagem ao escritor espanhol, Miguel de Cervantes.
  • A Biblioteca Nacional do Brasil fica situada na cidade do Rio de Janeiro e conta hoje com mais ou menos dez milhões de exemplares.
  • A BNB é considerada pela UNESCO uma das dez maiores bibliotecas nacional do mundo, é também a maior biblioteca da América Latina.




                                          

Imagens da Biblioteca Nacional



ENDEREÇO DA BNB: Avenida Rio Branco, 219 - Centro, Rio de Janeiro - RJ, 20040-009. 




quarta-feira, 28 de outubro de 2015

MEP Entrevista: Monica Craveiro


Oi pessoal, tudo bem com vocês? Esperamos imensamente que sim. Hoje estamos muito felizes por inaugurar mais uma sessão aqui no blog. Finalmente nossa primeira entrevista saiu e é com uma mulher incrível, sucesso no wattpad, possui mais de 10 mil seguidores e juntando suas histórias ela tem mais de 1,5 milhão de visualizações... É com muito prazer e orgulho que a nossa primeira entrevistada é a autora Monica Craveiro. Ela iniciou no wattpad há dois anos e desde então se tornou um grande sucesso. Super bem casada, mamãe de dois filhos, nascida em São Paulo, mas atualmente reside em Niterói – Município do Estado do Rio de Janeiro. Antes de se dedicar aos livros, trabalhava na UTI de um hospital, como enfermeira pediátrica, uau... Hoje ela se dedica aos livros em tempo integral e nos encanta ainda mais a cada dia com suas lindas palavras e histórias apaixonadas. Acompanhe agora nossa entrevista com essa autora simpática, atenciosa e educadíssima... MEP: No início de tudo, teve algum escritor ou algum livro que tenha te influenciado a entrar nesse mundo? Monica: Nossa... falar de livros é tão complicado. Eu tenho verdadeira paixão por alguns livros e são muitos, mas as autoras que mais me influenciaram foram Terri Anne Browning, Abbi Glines, Kristen Proby e outras. Quando encontrei a plataforma do wattpad eu me encantei com o tanto de talentos que encontrei lá, minha biblioteca ficou cheia de livros nacionais, tanto que hoje 70% da minha biblioteca são de livros nacionais.
MEP: Início, meio ou fim, qual desses é o mais difícil para desenvolver? Monica: O fim. Como é difícil! Mas acho que um pouco, é nosso lado possessivo não querendo se desgrudar da cria. Passamos meses em contato quase que diário com personagens que mexem com os nossos sentimentos e começam a fazer parte da nossa vida e cortar esse laço é difícil.
MEP: Você tem quatro histórias publicadas no wattpad, todas com bastantes leitores, qual delas é a sua preferida e qual personagem você mais gosta? Monica: Nossa, pergunta complicada! Mas vamos lá. Tenho um carinho especial pelo Eu em você. Eu o escrevi em um momento não muito bom da minha vida, tanto que eu não o revisava e do jeito que eu escrevia ele era publicado, coitadinhas das minhas leitoras. Mas ele tem uma doçura que me encanta, o amor que existe nele é tão puro... É acho que ele é meu preferido. E personagem eu acho que é a Aline do livro Ama-me, essa personagem já me fez repensar sobre tantas coisas e vejo pelas mensagens que recebo que muitas leitoras se identificaram com ela. MEP: Você deixou uma carreira de enfermeira e passou a se dedicar a literatura. O que te levou a começar a escrever? Você teve o apoio de alguém? Monica: Eu comecei a escrever porque não estava bem e a escrita foi como uma terapia e com a escrita encontrei meios de saber expor meus sentimentos, deixei que eles fluíssem e assim não me sentia sufocada. No inicio escrevia escondido, mas com o aumento das leituras ficou impossível e acabei contando e toda a minha família e amigos me apoiaram.
MEP: Para encerrar nossa pequena entrevista, gostaríamos que deixasse uma mensagem para os seus leitores. Monica: Meus amorinhos (É assim que os chamo)!! Eles são perfeitos! Respeitam demais o meu tempo, entendem minha demora nas postagens, nunca fui agredida ou ofendida por eles eu sinto uma troca de carinho entre nós muito grande. E é o que sempre digo, não existe escritor sem leitor, são eles que me dão o “plus”, que me impulsionam a continuar e a cada livro tentar estar melhor, e por eles e somente por eles que hoje escrevo. Hoje já não escrevo como forma de terapia, hoje escrevo por amor, amor as lindas histórias que ficam rondando meus pensamentos e aos meus queridos leitores.
Monica querida, nós do Blog Mergulhei entre páginas, agradecemos imensamente a você, por ter tirado um tempinho para nós. Agradecemos sua paciência e o carinho. Estaremos sempre acompanhando suas histórias, continue a escrever, pois você vai longe demais ainda, suas histórias são fascinantes, e nós as amamos. Obrigada!


quarta-feira, 21 de outubro de 2015

A Cabana - William P. Young

A filha mais nova de Mackenzie Allen Philip foi raptada durante as férias em família e há evidências de que ela foi brutalmente assassinada e abandonada numa cabana. Quatro anos mais tarde, Mack recebe uma nota suspeita, aparentemente vinda de Deus, convidando-o para voltar aquela cabana para passar o fim de semana. Ignorando alertas de que poderia ser uma cilada, ele segue numa tarde de inverno e volta ao cenário de seu pior pesadelo. O que encontra lá muda sua vida para sempre. Num mundo em que religião parece tornar-se irrelevante, 'A Cabana' invoca a pergunta: 'Se Deus é tão poderoso e tão cheio de amor, por que não faz nada para amenizar a dor e o sofrimento do mundo?' As respostas encontradas por Mack surpreenderão você e, provavelmente, o transformarão tanto quanto ele.


A cabana conta a história de uma família que perde a sua pequena flor , a sua filha mais nova . Como um pai reagiria bem , tendo sua maior paixão sendo arrancada de si ? Como voltar a viver bem , tendo em sua mente que Deus não fez nada para salvar sua filha ? A cabana mostra isso , desde o inicio Mack não aceita o que aconteceu com sua filha , até o dia que recebe um bilhete desconhecido , o convidando a voltar no cenário de tudo , e o que ele faz ? Vai até lá , e tem o melhor final de semana de sua vida , onde encontra Pai , o Filho e o Espirito Santo, que lhe mostram que nem tudo é como queremos, que nem tudo que acontece é culpa nossa . Deus não nos dá nada que não possamos carregar ,mas Deus , ele sabe de todas as coisas , e ele cuida do nosso coração . E ele cuidou de Mack , que voltou bem melhor para casa, pensando diferente de tudo .

A maioria de nós tem suas próprias tristezas, sonhos partidos e corações feridos, cada um viveu perdas únicas, nossa própria cabana.

                                                                                                                Aline Morad.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Dançando sobre cacos de vidro




Editora: Arqueiro

Autora: Ka Hancock

Sinopse: "Lucy Houston e Mickey Chandler não deveriam se apaixonar. Os dois sofrem de doenças genéticas: Lucy tem um histórico familiar de câncer de mama muito agressivo e Mickey, um grave transtorno bipolar. No entanto, quando seus caminhos se cruzam, é impossível negar a atração entre eles. Contrariando toda a lógica que indicava que sua história não teria futuro, eles se casam e firmam – por escrito – um compromisso para fazer o relacionamento dar certo. Mickey promete tomar os remédios. Lucy promete não culpá-lo pelas coisas que ele não pode controlar. Mickey será sempre honesto. Lucy será paciente. Como em qualquer relação, eles têm dias bons e dias ruins – alguns terríveis. Depois que Lucy quase perde uma batalha contra o câncer, eles criam mais uma regra: nunca terão filhos, para não passar adiante sua herança genética. Porém, em seu 11° aniversário de casamento, durante uma consulta de rotina, Lucy é surpreendida com uma notícia extraordinária, quase um milagre, que vai mudar tudo o que ela e Mickey haviam planejado. De uma hora para outra todas as regras são jogadas pela janela e eles terão que redescobrir o verdadeiro significado do amor. Dançando sobre cacos de vidro é a história de um amor inspirador que supera todos os obstáculos para se tornar possível."

       SEM PALAVRAS, é assim que eu fiquei depois de ler esse livro. Fazia tempo que eu não lia um romance dramático, confesso que ultimamente tenho sentido falta desse tipo de leitura. Não é que eu goste de chorar, é que eu gosto de certo drama e às vezes gosto de sentir realidade nas coisas e sem dúvida esse livro me passou realidade.

       Dançando sobre cacos de vidro é um livro de 336 páginas, que foi escrito por uma enfermeira especialista em psiquiatria chamada Ka Hancock. Depois que eu descobri um pouco mais sobre a autora, comecei a entender de onde vem todo o realismo que o livro passa e acredito que esse realismo seja um dos inúmeros pontos fortes dele. As emoções dos personagens são palpáveis e a todo o momento você quer se colocar no lugar deles e sentir o que eles estão sentindo. E no final de cada capítulo um pedacinho de você se desfaz em lágrimas. Encontrei nesse livro uma combinação perfeita que mistura o amor e a fé.

       Dançando sobre cacos de vidro trás a ideia de que a junção de pessoas imperfeitas pode atingir a verdadeira perfeição. Eu sou perdidamente apaixonada por romances e de todos que eu já li acho que esse é o que possui o casal mais improvável de todos. Não tem nada de CEO gostosão ou menina indefesa frágil, não tem nada disso. São pessoas normais, com sentimentos normais, com realidades normais e são esses ideias que fazem você se aproximar ainda mais dos personagens. Lucy Houston e Mickey Chandler tem tudo para dar errado, suas imperfeições ultrapassavam limites, mas quando é amor, não há tentativas falhas, você pode tentar fugir, mas sempre será pego. Um foi o porto seguro do outro, um salvou o outro, um teve fé no outro e só assim conseguiram viver os melhores anos de suas vidas, cobertos de altos e baixos, mas que foram importantes para fortalecer o amor deles. O que acontece com esse casal lindo de morrer é que Lucy tem um histórico familiar de câncer de mama extremamente agressivo e o Mickey lindo e incrível – que eu me apaixonei perdidamente por esse homem e que no final me deu uma vontade louca de pega-lo no colo e consola-lo até ele pegar no sono - sofre de um transtorno grave de bipolaridade. Juntos eles vão construir um amor diferente, um amor capaz de superar qualquer coisa, um amor avassalador, um amor eterno, um amor puro e verdadeiro. Mas para ter esse amor é preciso ter fé e não estou falando na fé religiosa, estou me referindo à fé no outro. O livro é lindo por inteiro, mas a fé que a Lucy tem no Mickey, me encanta muito. Acho que na vida todos deveriam experimentar pelo menos uma vez na vida um amor assim.


Fé: é uma palavra que  significa "confiança","crença", "credibilidade". A fé é um sentimento de total de crença em algo ou alguém...”



       O livro, no final das contas me trouxe uma chuva de sentimentos e perguntas sobre muitas coisas. Além da Lucy e do Mickey, existem outros personagens que te despertarão a curiosidade e o desejo de saber mais sobre eles. Não tem como você terminar de ler esse livro sem refletir no que é dor? Amizade? Companheirismo? Amor? Felicidade? Milagre? Fé? A partir daí nascem outras perguntas como: O que você faria por amor? Você arriscaria sua vida por amor? Você embarcaria em uma viagem sem volta por amor? E se esse amor pudesse salvar a vida de alguém? Acho que o amor pode salva qualquer coisa e em Dançando sobre cacos de vidro, você tem uma noção viva de que o amor é isso, ele restaura, ele da à vida novamente e a capacidade de amar e não só isso o livro também me deixou com uma sensação de amor além da vida, um amor puro, um amor verdadeiramente eterno. 




“Acariciei o rosto de Mickey e pensei naquele dia, muitos anos antes, quando Gleason me falou como seria a nossa vida. Não demorou para que eu entendesse o que ele quisera dizer. Cacos de vidro. Nesse momento, estávamos descalços e dançando sobre um mar de cacos de vidro. Por mais verdadeiro que isso fosse, porém, Mickey sabia que eu dançaria com ele para sempre se pudesse, mesmo que meus pés sangrassem.”  (página 211)




domingo, 18 de outubro de 2015

Um Porto Seguro - Nicholas Sparks








Quando uma misteriosa mulher chamada Katie se muda para a pequena cidade de Southport, Carolina do Sul, seus novos vizinhos começam a levantar questões sobre se passado. Bela e discreta, ela evita qualquer tipo de laço pessoal com os outros habitantes da região até que conhece o charmoso Alex, um homem gentil, viúvo e pai de dois filhos, e a sincera Jo, que se torna sua amiga. Katie começa a se interessar por Alex e se sente cada vez mais afeiçoada a ele e a sua família . Ela acaba se apaixonando mas um segredo de seu passado a impede de ser plenamente feliz.


Um porto seguro, do Nicholas Sparks é o nosso filme de hoje. Quem o conhece sabe bem que ele ama nos fazer sofrer, que ele adora também matar um personagem correto ? Mas nesse filme não morre ninguém. Um filme de romance, com sua pitada de suspense . Um filme de superação .  Um porto seguro faz a gente se apaixonar mais e mais por esses romances clichês. Porem esse tem um pouco de suspense e luta, que vai fazer seu coração pulsar um pouquinho mais rápido do que deveria, e no grande final, vai fazer você derramar lágrimas, pois você vai estar com seu coração na mão , e perdidamente apaixonada.


Aqui está o link para quem quer assistir o filme na internet : http://megafilmeshd.net/um-porto-seguro/



                                                                                                                             
Aline Morad.

Wattpad - O aplicativo do momento


     Olá pessoal, tudo bem com vocês? Tenho quase certeza que muitos de vocês já conhecem o wattpad, mas gostaria de contar um pouco de sua história.
      Como sabemos o wattpad não é nenhuma novidade para os apaixonados por livros. Criado no ano de 2006, o watt é uma grande comunidade literária, onde aspirantes ou até mesmo autores famosos postam suas histórias inéditas, gratuitamente em busca de visualizações. Nesse aplicativo você pode ser escritor e leitor, ou apenas escritor ou somente leitor.
      Diariamente são publicados dezenas de milhares de histórias ao redor do mundo. Com milhares de visualizações e seguidores, autores como Anna Todd (autora do grande sucesso After – com mais de seis milhões de visualizações na plataforma) ascenderam no universo literário e faturam para as editoras uma boa quantia em dinheiro.
      Para o Brasil a oportunidade é muito bem vista, recentemente a atenção de grandes editoras nacionais e internacionais se voltaram para os novos talentos da literatura brasileira que a cada dia se empenham para atrair mais seguidores e leitores e assim chamarem a atenção das mesmas. Livros como Depois do que aconteceu, Antes que aconteça, Me descobrindo mulher, Acompanhante de Luxo e muitos outros, saíram de meros adolescentes, jovens e adultos brasileiros, cheios de ideias e que sonhavam em ver suas obras publicadas e atingiram o mercado literário com fervor competindo com aclamados autores.
      O wattpad pode ser acessado através do site (www.wattpad.com) ou do aplicativo disponível no Google Play e no Itunes, as histórias ficam a disposição de todos e podem ser lidas online ou off-line.
      E ai, tá esperado o que? Corram para o wattpad e se percam nas incríveis histórias...



Apresentação



Olá pessoal, tudo bem com vocês? Sejam muito bem-vindos ao nosso blog. Como vocês podem ver somos duas administradoras (Aline e Valéria) cheias de coisas para contar a vocês. Esperamos contar com a colaboração e participação de todos, adoramos contato e sempre que puderem podem mandar perguntas, adoraremos falar com vocês. Essa nota é para esclarecermos uma questão antes que ela possa vir à tona. Não temos a pretensão de fazer resenhas altamente profissionais, afinal somos meras universitárias. Buscamos com o blog, falar e escrever como se estivéssemos conversando com uma amiga, tudo muito informal. Usaremos as nossas palavras e os nossos sentimentos para falar dos livros, filmes, músicas, textos e mais qualquer coisa que vier, sem rodeios e frases feitas. Outro ponto muito importante também é que, somos leitoras apaixonadas e postaremos aqui muitas coisas a respeito do Wattpad, um aplicativo para leitura sensacional. Tenho certeza que com o tempo vamos nos relacionando melhor e esclareceremos muitas outras coisas. Fique a vontade, pegue um café, um pãozinho e comecem as suas leituras no blog!